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BAUEN, dia 48

O simples fato da existência de um hotel ocupado no centro de Buenos Aires rapidamente transformou a BAUEN em um centro de atividades políticas e sindicais. O próprio MNER começou a utilizar as salas para reuniões e assembleias. Em 11 de outubro de 2003, por exemplo, foi realizado um debate sobre a legislação para as empresas recuperadas, liderado por “el Vasco” Murúa, José Abelli e o advogado Diego Kravetz (já deputado eleito), para o qual foram convidados vários juristas, inclusive… Continue a ler »BAUEN, dia 48

BAUEN, dia 47

Capítulo 7 O hotel recuperado Se o aniversário de Rosalía Peñarrieta foi o ponto-chave para preparar os salões para os eventos, era preciso fazer o mesmo com os quartos, ou seja, com o próprio hotel. Apesar dos esforços dos trabalhadores da cooperativa, um ano após a ocupação, o hotel ainda não estava em condições de acomodar hóspedes. Os quartos do hotel de vinte andares careciam de móveis, roupa de cama, reparos, água quente, pintura, etc. Tudo isso foi feito pouco… Continue a ler »BAUEN, dia 47

BAUEN, dia 46

A festa aconteceu no início de outubro de 2003, e foi o retorno das atividades hoteleiras e gastronômicas ao edifício Callao 360, desta vez sem o patrão. Como conta Plácido: A amargura de não poder atender suficientemente às necessidades da família durante um ano foi misturada com a doçura de poder pagar a dívida que eu devia à minha filha graças à solidariedade de todos os meus colegas. Assim, passei à história como o primeiro cliente da cooperativa BAUEN. Graças… Continue a ler »BAUEN, dia 46

BAUEN, day 45

Se formou então uma combinação de vontades: por um lado, a vontade de Plácido de organizar o aniversário de sua filha mesmo sem recursos, tentando obtê-los da solidariedade de vários setores, e por outro, a dos trabalhadores da cooperativa BAUEN, não só para dar satisfação a um colega que os tinha ajudado a recuperar o hotel, mas também como motivo para reavaliar os quartos, a cozinha e outras partes do edifício, e para provar a si mesmos que eles poderiam… Continue a ler »BAUEN, day 45

BAUEN, dia 44

“Senti uma grande dívida com a minha família por todas as necessidades que eles tiveram que passar e por todas as vezes que não pude estar com eles”, continua Plácido, que se lembra: Quando minha filha tinha quatorze anos, prometi a mim mesmo que lhe daria uma festa de 15 anos. Mas outra criança tinha nascido para mim e as coisas tinham se tornado mais difíceis financeiramente. O bebê nasceu em janeiro de 2003 e eu me vi no ar,… Continue a ler »BAUEN, dia 44

BAUEN, dia 43

O primeiro evento: de recuperada a recuperada “Enquanto isso, estávamos preparando os corredores para o trabalho. Isso nos levou cerca de um ano, até que tivemos nosso primeiro cliente, o aniversário de quinze anos da filha do companheiro Plácido (da cooperativa Chilavert). A partir de então, começamos a ter noites nos salões. Só saíamos para repor a mercadoria e comer”, lembra Gladys”, recorda Gladys sobre esse período difícil. Plácido Peñarrieta, trabalhador e presidente da gráfica de Chilavert, estava prestes a… Continue a ler »BAUEN, dia 43

BAUEN, dia 42

A partir de então, uma vez superadas as controvérsias, a resistência foi melhor organizada, distribuindo as tarefas de acordo com a capacidade e disponibilidade de tempo de cada um. A primeira coisa que lhes ocorreu foi que de todo o material em desuso e resíduos disponíveis poderiam conseguir algum dinheiro. Eles contataram um depósito de materiais recicláveis para ver o que poderia ser recuperado. Havia pilhas de pastas velhas, papéis inúteis, ferro irrecuperável, colchões estragados e outros itens que sobravam… Continue a ler »BAUEN, dia 42

BAUEN, dia 41

Capítulo 6 A resistência A ocupação do hotel foi simples em comparação com o longo período de resistência que se seguiu, ao qual os trabalhadores muitas vezes se referem como “a resistência”. Eles estavam dentro de um enorme edifício, em total estado de abandono, sem quaisquer condições de trabalho. A porta da avenida Callao foi arrombada, os móveis desapareceram, e todas as áreas tiveram que ser limpas e verificadas antes mesmo que pudessem começar a pensar em recuperar o hotel… Continue a ler »BAUEN, dia 41

BAUEN, dia 40

Uma das controvérsias com o administrador fiduciário girava em torno do inventário dos bens, pois se o fosse adotado o produzido no ensejo do fechamento da empresa poderiam ser acusados pela falta de algum. Por fim, foi feito um inventário do que havia dentro do hotel no momento da ocupação, e a juíza falimentar acabou dando aos ex-trabalhadores a posse precária do imóvel, resolução que, apesar de ter duração limitada, serviu para dar cobertura legal para os primeiros meses de… Continue a ler »BAUEN, dia 40

BAUEN, dia 39

No relato de María Eva também aparece a emoção dessa entrada, algo com que nem sequer sonhavam meses antes. Mas também a preocupação com o estado em que encontraram as instalações. Havia eletricidade, mas o abandono era notório. “A única coisa que nos deixou felizes foi termos luz. Mais tarde, foi um desastre completo, sujo, abandonado, sem nenhum dos móveis, lacrado. Fizemos um buraco na parede para poder sair até a rua Callao por ali”. Marcelo Ruarte também descreve o… Continue a ler »BAUEN, dia 39