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Steve Herrick

BAUEN, día 30

O declínio do Bauen foi paralelo ao do país. O ano de 2001 foi repleto de medidas desastrosas, a começar pelo ruinoso negócio da “Mega swap” da dívida externa, negociada por, dentre outros, Federico Sturzenegger, presidente do Banco Central quinze anos depois com Mauricio Macri, a brutal tentativa de ajustar a educação que marcou a passagem fugaz pelo Ministério da Economia de Ricardo López Murphy, repudiado por enormes mobilizações de estudantes e professores, e o consequente retorno à liderança econômica… Continue a ler »BAUEN, día 30

BAUEN, dia 29

O Bauen fecha suas portas A Bauen gerida por Solari entrou rapidamente em crise e os próprios Iurcovich obrigaram-no a apresentar um apelo aos credores (primeiro passo do mecanismo previsto pela Lei de Recuperação Judicial e Falências para resolver insolvências de empresas), bloqueando um embargo concedido pelo Juiz Rodolfo Herrera, da Vara Nacional Cível e Comercial nº 3, Sec. 5 e que ficou com 20% do dinheiro do hotel. Isso teria causado a Solari um afogamento financeiro que o obrigou… Continue a ler »BAUEN, dia 29

BAUEN, day 28

Para os trabalhadores, a mudança dos patrões foi um despertar alerta que marcou o princípio do fim. Nas palavras de María Eva: Em 1997 fomos informados de que esta parte seria vendida, que a Torre Bauen seria dividida da Suíte Bauen1. Eles nos ofereceram uma soma de dinheiro muito menor do que aquilo a que tínhamos direito como indenização. Eu lhe disse que ia pensar a respeito, ele respondeu que tinha até amanhã e que se eu quisesse processá-lo, talvez… Continue a ler »BAUEN, day 28

BAUEN, dia 27

A venda para Solari As frequentes mudanças de nome da empresa antecederam a venda do hotel para um empresário chileno chamado Solari. Era o arco de um declínio cada vez mais evidente e que se combinava com o colapso de Buenos Aires como praça hoteleira, como mais um produto da política econômica que afundava em recessão e tornava a cidade muito cara e dolarizada para os turistas. A concorrência das grandes redes internacionais que começavam a se instalar no país,… Continue a ler »BAUEN, dia 27

BAUEN, dia 26

No início dos anos noventa começaram a ocorrer outras mudanças no hotel: a empresa “equipou o quarto andar do hotel com escritórios de aluguel, para atrair executivos chilenos que vinham fazer negócios. E transformou os auditórios do hotel em um local para reuniões políticas de todos os tipos”1. O Bauen dos Iurcovich foi, segundo o pesquisador Alberto Bonnet2, um daqueles lugares onde o menemismo materializou sua ideologia frívola e consumista: As cenas noturnas de encontros nas badaladas pistas de boliche… Continue a ler »BAUEN, dia 26

BAUEN, dia 25

Capítulo 4 O fechamento “Ficamos muito felizes com a Copa do Mundo sem saber o que estava acontecendo ao nosso redor, só víamos as personalidades que desfilavam pelo hotel enquanto as pessoas estavam sendo mortas do lado de fora”, lembra Arminda Palacios, uma das integrantes da cooperativa que trabalhava no hotel desde a sua fundação, mais precisamente desde um mês antes da sua inauguração. A memória de Arminda e de outros trabalhadores hoteleiros adquire outra dimensão a partir do momento… Continue a ler »BAUEN, dia 25

BAUEN, dia 24

O que realmente aconteceu foi bem diferente: Bauen SACIC aceitou um plano de pagamento em quinze parcelas, das quais quitou apenas a primeira. Em outras palavras, Giordano fez uma reclamação em razão de um contrato quebrado por inadimplemento e, além disso, queria que o Estado custeasse a ação. Como se pode perceber no comportamento dos Iurcovich, se financiarem de alguma forma com bens públicos é uma prática recorrente (contratando créditos que não são restituídos, reclamando o Estado em ações deslavadas,… Continue a ler »BAUEN, dia 24

BAUEN, dia 23

As dívidas com o GCBA Entre 1991 e 1993, quando sua razão social ainda era Bauen SACIC, a empresa contraiu uma dívida com a então prefeitura de Cidade de Buenos Aires por não pagamento do Imposto de Renda Bruto (II.BB.) e por Iluminação, Varredura e Limpeza (ABL) num total de $794.640,54. Segundo a Direção Geral de Receitas do Governo da Cidade de Buenos Aires (GCBA), para fazer face a esta dívida, a empresa aproveitou um plano de facilitações de pagamento1.… Continue a ler »BAUEN, dia 23

BAUEN, dia 22

As tentativas de cobrança do restante por meio do Banco Nación, entidade que administrava a carteira residual do BANADE, incluíram um acordo em 1994 com a Bauen SACIC por seis milhões de dólares. Naquela época, vigorava a paridade de 1 peso = 1 dólar (Lei de Conversibilidade de 1991), o que constituía um acordo mais do que favorável para os Iurcovich, pois reduzia significativamente o valor original. No entanto, os Iurcovichs novamente violariam seus acordos1. Segundo cálculos feitos pelos trabalhadores… Continue a ler »BAUEN, dia 22

BAUEN, dia 21

O contrato assinado com a Bauen SACIC estipulava uma série de desembolsos que o BANADE faria quando a firma apresentasse os certificados mostrando o andamento dos trabalhos. Logo após o início, a empresa Iurcovich introduziu uma série de modificações no plano original aprovado pelo banco, consistindo no aumento da capacidade de estacionamento, na ampliação da sala de conferências e na construção de uma piscina. O BANADE aprovou essas modificações, mas considerou que o empréstimo deveria ser entendido em duas partes:… Continue a ler »BAUEN, dia 21