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BAUEN, dia 69

Cromañón, ou a cumplicidade do estado com os empresários Em 31 de dezembro de 2004, um incêndio em um local conhecido como República de Cromañón, administrado por Omar Emir Chabán, uma figura conhecida no cenário do rock argentino pelo seu papel empresarial, ceifou a vida de 194 pessoas, a grande maioria delas jovens. Os sobreviventes ficaram com sérias cicatrizes físicas e psicológicas e alguns até cometeram suicídio em poucos meses (incluindo Martín Cisneros, que tirou sua própria vida em 3… Continue a ler »BAUEN, dia 69

BAUEN, dia 68

Nessa assembleia (que é registrada, mais uma vez, no documentário de Pierucci), há um debate bastante acirrado entre os trabalhadores, os líderes do MNER (incluindo Murúa e Resino) e Diego Kravetz. Kravetz tenta argumentar que o projeto de ocupação temporária ia perder e que o projeto de Morando, que ia ganhar a votação (finalmente conseguiu por 29 votos, um número relativamente baixo, mas suficiente), ia ser vetado. Kravetz disse na assembleia: Tudo ia acabar em nada, com a diferença de… Continue a ler »BAUEN, dia 68

BAUEN, dia 67

Sessão agitada na Legislatura O clima de confronto continuou a crescer até que, em 6 de dezembro de 2005, as contas chegaram para serem tratadas no recinto. O projeto de Kravetz não obteve votos suficientes para ser aprovado e, acima de tudo, para derrotar o projeto de Morando. Esse projeto de lei foi apresentado em oposição àquele que expropriou o hotel para os trabalhadores, proporcionando uma fachada “votável” para vários legisladores com certos escrúpulos. Federico Tornarelli explica: O projeto de… Continue a ler »BAUEN, dia 67

BAUEN, dia 66

A luta não se limitou ao parlamento ou aos tribunais. Em contraste com os outros proprietários de empresas recuperadas, os Iurcovichs, agora conhecidos como Mercoteles, tinham uma política de comunicação ativa. Portais de Internet e alguns grandes veículos de mídia publicaram artigos de tempos em tempos que nada mais eram do que propaganda encoberta a favor do retorno dos patrões e ataques aos trabalhadores. Em 28 de junho de 2005, a Mercoteles ousou até publicar um artigo no jornal La… Continue a ler »BAUEN, dia 66

BAUEN, dia 65

Mas o BAUEN não estava entre essas treze, nem entre as subsequentes. Federico Tonarelli explica que “como os projetos de expropriação aprovados para Chilavert, Grissinópoli, Ghelco ou Gráfica Patricios, o projeto BAUEN, apresentado por Diego Kravetz, também foi uma ocupação temporária por dois anos”. O projeto de lei, número 1505, entrou em 16 de junho de 2005 e também foi assinado pelos legisladores Ana Suppa, Mónica Bianchi, Silvia La Ruffa, Fernando Cantero, Fernando Melillo, Sergio Molina, Daniel Betti, Milcíades Peña… Continue a ler »BAUEN, dia 65

BAUEN, dia 64

A luta passa para a Legislatura O projeto de expropriação mencionado por Marcelo Ruarte foi apresentado à Legislatura da Cidade de Buenos Aires por Diego Kravetz, legislador e advogado da cooperativa, embora desde sua adesão ao Parlamento de Buenos Aires, a representação da cooperativa tivesse sido realizada por sua irmã Florencia. A ferramenta das leis de desapropriação já havia sido amplamente utilizada para consolidar legalmente os processos de recuperação de empresas e fábricas de várias áreas por seus trabalhadores. Os… Continue a ler »BAUEN, dia 64

BAUEN, dia 63

Ruarte, naqueles dias, resumiu a situação nestes termos: O que temos através do juiz de falência é uma custódia para o imóvel. Depois, estamos em contato com a Prefeitura, estamos avançando com uma expropriação, trabalhando em uma enorme dívida da ABL para com este cavalheiro que diz ser o proprietário. Portanto, queremos ver quanto é a dívida, quanto vale o hotel. E então, se os políticos concordarem e quiserem nos dar uma mão, queremos que o Estado assuma o hotel… Continue a ler »BAUEN, dia 63

BAUEN, dia 61

E, além disso, por que a própria juíza Hualde, tendo notado a discrepância nas datas das transações, decidiu ignorá-la, decidindo que a cooperativa tinha que desocupar o hotel e creditando o imóvel a Mercoteles? Naturalmente, nada disso foi uma surpresa para os trabalhadores. Antes deles, Marcelo Iurcovich nunca deixou de se apresentar como o chefe, o verdadeiro, como fez no próprio dia da ocupação do hotel em março de 2003. Tudo isso nos leva a acreditar, com provas consideráveis de… Continue a ler »BAUEN, dia 61

BAUEN, dia 60

O leitor notará uma inconsistência grosseira nas datas. Não apenas a última, no qual Mercoteles (ou seja, os homens de frente da família Iurcovich) apresentam ao tribunal que “entende” a falência de Solari SA três anos e meio depois de ter adquirido a propriedade. Há algo muito mais sério, que vamos colocar nas palavras que a própria juíza Paula Hualde utilizou na decisão de primeira instância de 20 de julho de 2007, em uma observação que finalmente parece não ter… Continue a ler »BAUEN, dia 60

BAUEN, dia 59

Crônica de uma venda anunciada Em 25 de julho de 2001 (ou junho, segundo Berasategui e Gallardo), argumentando que a venda a Solari era nula e sem efeito porque não havia sido paga (o que dizer então sobre o próprio hotel, com a dívida para com o BANADE), Marcelo Iurcovich vendeu o Bauen à Mercoteles, uma empresa que havia sido registrada como tal na Inspetoria Geral de Justiça pouco antes, e com um capital acionário minúsculo. Em outras palavras, eles… Continue a ler »BAUEN, dia 59