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BAUEN, dia 79

A formação da FACTA Enquanto essas disputas aconteciam em nível judicial e legislativo, a antiga organização mãe das empresas recuperadas, o Movimento Nacional de Empresas Recuperadas (MNER), estava entrando em crise. As diferenças políticas e práticas organizacionais haviam chegado a um ponto de não retorno que levou a uma nova divisão do MNER. Uma parte significativa do movimento optou por formar uma federação de cooperativas em vez da estrutura frouxa e excessivamente dependente da liderança que havia sido implantada até… Continue a ler »BAUEN, dia 79

BAUEN, dia 78

Capítulo 11 Resistência e autogestão O despejo ordenado pela Juíza Paula Hualde desencadeou uma onda de solidariedade com os trabalhadores do BAUEN que tem continuado a crescer incessantemente desde então. Se há uma característica da recuperação do hotel do centro, foi sua abertura e solidariedade, acolhendo todo tipo de manifestações de luta popular em seus salões e oferecendo hospitalidade, o que levou ao retorno desta política de portas abertas, mas em direção a eles nos tempos difíceis que se seguiram.… Continue a ler »BAUEN, dia 78

BAUEN, dia 77

A juíza fez, nessa parte da sentença, uma dupla interpretação. Ela tomou como válida e satisfatória a “oferta” da “Lei Morando” que propunha que a Mercoteles empregasse os trabalhadores da cooperativa, entre outras concessões teóricas (como o reconhecimento dos custos de reforma do edifício feita pela cooperativa, até uma soma evidentemente insuficiente de US$ 150.000). A esse respeito, ele afirmou que: A Mercoteles S.A. fez uma oferta formal “…com o objetivo de contribuir para a solução do conflito gerado como… Continue a ler »BAUEN, dia 77

BAUEN, dia 76

Ela rapidamente concluiu que não havia outra opção senão “devolver” o prédio da Callao 360 ao proprietário registrado, ou seja, Mercoteles, mas que, como juíza, ela consideraria as “consequências desvalorizáveis” dessa devolução, que ela astutamente deduziu ser a perda da fonte de emprego dos membros da cooperativa. Ela então citou alguns casos, obtidos do site do Movimento Nacional de Fábricas Recuperadas (MNFRT), e o que estava ocorrendo: “quase sempre sob o mesmo padrão de …empresas falidas e funcionários com anos… Continue a ler »BAUEN, dia 76

BAUEN, dia 75

Depois de rever alguns fatos relativos à história do hotel desde a falência (sem sequer mencionar as circunstâncias anteriores) e contar com a promulgação da Lei 1914 (a “Lei Morando”), Hualde continuou explicando que em sua “inspeção ocular” de 17 de maio de 2006 ele pôde ver isso: (…) o mau estado de conservação de algumas áreas do edifício poderia levar a um risco para a saúde e a vida dos membros da cooperativa e demais funcionários, hóspedes do hotel… Continue a ler »BAUEN, dia 75

BAUEN, dia 74

Um novo jogador entra em cena: Juíza Hualde O triunfo neste julgamento não poderia ter sido celebrado pelos trabalhadores, porque quase sem lhes dar uma pausa, a juíza da falência de Bauen, Paula Hualde, que tinha substituído Favier Dubois, apareceu no hotel a 16 de maio de 2006 para levar a cabo uma “inspeção ocular”. De acordo com o que disse aos trabalhadores, ela estava a realizar a inspeção devido a um pedido escrito da Mercoteles1. Desta forma, o Juíza… Continue a ler »BAUEN, dia 74

BAUEN, dia 73

Diego Carbone, o advogado que começou a representar a cooperativa no lugar de Florencia Kravetz, declarou isso: O testemunho de Samuel Kaliman, que se apresentou como o CEO da Mercoteles, foi vergonhoso. Ele disse que não conhecia a sede legal da empresa, a composição acionária, quando o conselho de administração se reuniu. Por que eles querem nos lixar? Porque este grupo de trabalhadores colocou luz onde eles queriam colocar sombra1. O cenário do péssimo desempenho de Kaliman, cunhado de Marcelo… Continue a ler »BAUEN, dia 73

BAUEN, dia 72

Você sabe o que é um “laranja”? Além disso, os considerandos do projeto de lei nacional já denunciam a relação entre o Iurcovich e a Mercoteles, que havia sido trazida à luz em um julgamento incomum contra uma reclamação da Mercoteles pela violação do fechamento do local perante a Corte de Contravenções No. 3. O próprio promotor, Adrián Martín, declarou isso: (…) este julgamento deveria ter encontrado soluções em outras instâncias judiciais – tais como o tribunal de falências – ou… Continue a ler »BAUEN, dia 72

BAUEN, dia 71

O primeiro projeto foi apresentado ao Congresso em 20 de julho de 2006 por um grupo de legisladores liderado por Francisco “Barba” Gutiérrez, líder histórico da Unión Obrera Metalúrgica do ramo Quilmes, um sindicato que pode ser considerado o primeiro promotor da recuperação de fábricas no final da década de 19801. Gutiérrez foi acompanhado por um grupo de deputados, em sua maioria kirchneristas e alguns de blocos menores2. Ao contrário do projeto de Kravetz, que quando apresentado à Legislatura da… Continue a ler »BAUEN, dia 71

BAUEN, dia 70

Capítulo 10 Ordem de despejo A “Lei Morando” não conseguiu impor suas condições e a comissão que havia planejado criar nunca foi constituída. A cooperativa pediu ao então chefe de governo, Jorge Telerman, que vetasse a lei, mas o funcionário limitou-se a não regulamentá-la e apresentar um projeto de lei que a modificasse, o qual também nunca foi aprovado. Na prática, essa situação significou o abandono da Legislatura da Cidade Autônoma de Buenos Aires como local de solução do conflito,… Continue a ler »BAUEN, dia 70